Brasil na Primeira República
- A República da Espada:
- Proclamação da República: formato de golpe militar, sem qualquer participação popular. D. Pedro II e a família real são expulsos do país.
- Contexto econômico:
- Grandes exportações de café davam grande poder à elite agrária.
- A produção da borracha, no norte do Brasil, dava grandes lucros, apesar do processo precário de extrativismo.
- A indústria nacional dava seus primeiros passos, impulsionada pela postura inovadora do antigo imperador. Surge o proletariado brasileiro.
- O Governo Deodoro da Fonseca:
- Primeiro presidente do Brasil.
- Eleito pelo voto indireto do Congresso (segundo a constituição).
[Explicar aqui como se deu a "eleição" de Deodoro: ameaça de soldados nas ruas sob as ordens do marechal para convencer os deputados e senadores.]
- Crise:
- Política do Encilhamento (produção de papel moeda para aumentar o crédito).
- Fechamento de jornais opositores e tentativa de fechamento do Congresso.
- Revolta da Armada.
- Deodoro renuncia por causa da ameaça de uma guerra civil.
- O Governo Floriano Peixoto:
- Também um militar, como Deodoro da Fonseca.
- Deu total apoio aos cafeicultores, base econômica de seu governo.
- Governou de forma autoritária.
- Combateu a Revolta da Armada com apoio dos EUA
- A Constituição de 1891:
- Estabelecia três poderes: executivo, legislativo e judiciário.
- O voto:
- Voto direto para presidente, governadores, prefeitos, deputados federais e estaduais, senadores e vereadores.
- Podiam votar: homens, maiores de 21 anos que não fossem soldados, padres ou analfabetos. Exclusão de 80% da população brasileira.
- Altos índices de fraudes e coerção nas eleições.
- Implantação do federalismo: maior autonomia para os estados e suas oligarquias.
- Separação entre e Estado e Igreja.
- O café, os imigrantes e a industrialização
- Café: maior produto brasileiro para a exportação.
- Problema: queda dos preços no mercado externo:
- O governo intervém no mercado através do Convênio de Taubaté: o governo compra os excedentes da produção para forçar a elevação dos preços.
- O governo contrai empréstimos com bancos ingleses e aumenta impostos sobre a população.
- A República das Oligarquias (1894-1930):
- Primeiro presidente civil: Prudente de Morais.
- O poder estava localizado nos estados: grupos ligados à produção agrícola dominavam o cenário político.
- Esquema oligárquico:
- Política dos Governadores: garantia autonomia aos governos estaduais. Em troca, deputados e senadores federais não atrapalhavam as medidas presidenciais.
- O coronelismo: os chefes políticos locais (grandes fazendeiros, ainda possuidores do título de Coronel da antiga Guarda Nacional) garantiam a manutenção de grupos favoráveis no poder através do voto de cabresto.
- Política do Café-com-Leite: controle da sucessão presidencial feito pelos estados de Minas Gerais e São Paulo, mais fortes economicamente.
- Presidentes da República Velha (Período Oligárquico): Prudente de Morais, Campos Sales, Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha, Marechal Hermes da Fonseca (ruptura do Café-com-Leite), Venceslau Brás, Delfim Moreira, Epitácio Pessoa, Artur Bernardes e Washington Luís.
Rebeliões na República Velha
- A crise social no campo:
- Os trabalhadores rurais viviam em condições miseráveis.
- O alto lucro e o luxo ficavam com os grandes latifundiários.
- A Revolta de Canudos:
- Comunidade formada por camponeses pobres em uma terra sem dono no interior da Bahia.
- Organizados pelo pregador religioso Antônio Conselheiro.
- Os fazendeiros da região não viam a autonomia dos camponeses com bons olhos.
- Antônio Conselheiro ainda pregava um discurso religioso a favor da monarquia.
- Expedições militares foram enviadas pelo presidente:
- As três primeiras são derrotadas.
- A quarta tinha até canhões alemães comandados por dois generais e arrasou o arraial após uma batalha de três meses.
- A Revolta do Contestado:
- Movimento camponês ocorrido em Santa Catarina.
- A instalação de madeireiras e de uma companhia norte-americana construtora de estradas de ferro causou insatisfação entre os camponeses. Motivo: eles eram expulsos de suas terras.
- Base religiosa: os camponeses, guiados pelo "monge" José Maria, acreditavam que Cristo retornaria para ajudá-los.
- Com essa convicção, iniciaram ataques contra as empresas.
- O presidente intervêm, acionando o exército, que massacra os camponeses.
- Cangaceiros no sertão nordestino:
- Condições de miséria, fome e desigualdade social criam milhares de excluídos.
- Os latifundiários tinham poder e riqueza.
- Os cangaceiros, revoltados com essa situação, torturavam, roubavam e matavam. A violência era disseminada também entre os policiais.
- Os cangaceiros deixam de existir à medida que a força policial foi tornando-se mais forte.
- A Revolta da Vacina:
- Em 1904, o prefeito do Rio de Janeiro decide modernizar a cidade, destruindo os cortiços e exterminando as doenças endêmicas.
- O plano de saneamento proposto pelo médico Oswaldo Cruz incluía a vacinação contra a febre amarela, a varíola e a peste bubônica.
- A população, pouco esclarecida, não entende o princípio da vacinação e se recusa a tomar as vacinas.
- O governo age de forma autoritária e torna a vacinação obrigatória. Essa atitude é explorada pela oposição, que incita a população a se revoltar.
- A rebelião causa um quebra-quebra que termina até em mortes. No entanto o problema com as doenças diminui.
- A Revolta da Chibata:
- Revolta de marinheiros contra o abuso de autoridade e os maus tratos dentro dos navios da Marinha.
- Além disso, reivindicavam melhores soldos (salários).
- Os marinheiros tomam os navios e ameaçam bombardear bairros nobres e a sede do governo no Rio de Janeiro.
- O governo negocia e põe fim às chibatas, mas os marinheiros são presos e seus líderes são fuzilados.
- O tenentismo:
- Os jovens oficiais do exército estavam insatisfeitos com o domínio das elites agrárias no Brasil.
- Resolvem tentar mudar o país, conclamando revoltas entre os próprios militares.
- Insatisfeitos com o presidente, tomam o Forte de Copacabana.
- Sem apoio dos outros militares, 18 tenentes saem do forte marchando armados pela praia contra as oligarquias.
- Apenas dois deles sobrevivem ao conflito que se seguiu.
Primeira Guerra Mundial e Revolução Russa
- A Belle Époque:
- Os constantes melhoramentos tecnológicos do final do século XIX e do início do século XX criam uma situação de euforia em todo o mundo.
- O aperfeiçoamento dos motores a combustão, as invenções do cinema, do avião e os grandes avanços da medicina previam um mundo com melhor qualidade de vida.
- Mas os nacionalismos exacerbados e o crescente imperialismo alteram essas previsões.
- A Primeira Guerra Mundial:
- O crescimento dos monopólios europeus cria uma situação de alta rivalidade.
- Os países europeus começam a competir por mercados da Ásia e da África.
- Os ânimos se exaltam e velhas feridas ressurgem:
- Inglaterra e França: rivais históricas desde a Idade Média.
- França e Alemanha: a França foi humilhada na derrota da Unificação Alemã.
- Inglaterra e Alemanha: rivalidade entre os mais industrializados.
- Império Austro-Húngaro e Rússia: disputa territorial e étnica.
- Alemanha e Itália e potências européias: disputa por colônias.
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