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quarta-feira, 4 de julho de 2018

Trabalhos em destaque 2.8

Gleice Carla Pereira da Silva

Por meio deste texto venho falar sobre uma simples casa no mato no distrito de Senhora dos Remédios- Cascalhau, onde moravam meus avós paternos e minha tia madrinha.
Um lugar muito importante, que eu ficava na expectativa de que as férias não demorassem a chegar, assim como feriados e finais de semana, para reunirmos a família e principalmente meus avós, pois era onde me sentia bem, um lugar tranquilo e com uma natureza  maravilhosa.
Gostaria de lembrar um momento que foi muito importante pra mim, que foi quando os adultos não estavam em casa e ficamos apenas eu e meus primos. Neste dia aprontamos muito, nos molhamos, brincamos no barro, subimos nas laranjeiras, tentamos pegar alguns peixinhos etc.
E claro que tivemos muitos outros momentos importantes por lá, como comemorações e reuniões de família, e sempre que voltavamos lá tínhamos uma nova história pra contar ou algo novo pra fazer, e as lembranças são tão boas que não consigo expressar com palavras.
Sinto muita falta daquele lugar, porque depois que meus avós faleceram não tivemos mais vontade de voltar lá, já que relembramos dos momentos bons que tivemos e logo vem a tristeza de não termos eles conosco, pois as raízes daquele lugar maravilhoso nos deixaram.

Fotografias:








Karine de Oliveira Gomes

Ao chegar a adolescência indo a fase adulta "Ele" achava que tudo se resumia ao simples prazer. Prazer esse, que eu diria que seria mais curiosidade. Curiosidade essa que sairia caro; não só no sentido material mas também no sentido afetivo e psicológico. Essa curiosidade não passava de uma mera ilusão tudo começa com influências "negativas". O querer conhecer algo diferente não passava de uma droga. "Ele" começa pela maconha. Mas antes disso ao conhecê-lo minha mãe sempre falava que "Ele" tinha seu trabalho, mas ao se ver de antes da recompensa do seu trabalho "Ele" gastava com as drogas. Falo drogas, porque não ficou só na maconha passando pela cocaína e chegando ao crack. Droga essa que fez com que afetasse o convívio entre eles.  Fica então; eu e minha mãe. O que fazer agora ? Minha mãe muito especial; quando digo especial não é só no sentido de ser mãe, mas no sentido de ser mãe-pai, trabalhando para que não deixasse faltar o mínimo para nós, sempre muito correta em relação as suas atitudes. Não posso esquecer de falar de Deus que sempre esteve conosco e junto de minha vó paterna. A vó essa que nunca desistiu de seu filho. Filho que se desviava cada vez mais, deixando que a vida lhe escapasse entre os dedos mas, novamente Deus estava presente. Foi quando surgiu um lugar que para "Ele" era uma prisão mas, para sua família e principalmente sua mãe era o lugar que poderia ajudá-lo a se libertar dessa dependência, e sair dos prazeres mundanos que havia destruído não só sua vida mas a vida das pessoas que o amavam. Um lugar na qual "Ele" decidiu ir por conta própria depois de muitas tentativas. Esse lugar era uma clínica para dependentes químicos. O tempo passou... Permanecera lá por 9 meses, tempo esse que simbolizou para nós um renascimento. Foi quando o nomearam para monitor da cínica, ficando na cidade de Juíz de Fora monitorando essa clínica por dois anos. Então decidiu recomeçar sua vida ao lado de sua família, aos meus 12 anos "Ele" me procura para que eu possa ajudá-lo a se reconciliar com minha mãe, conversaram e assim "Ele" voltou para junto de nós. Essa atitude da minha mãe  fez a diferença em nossas vidas. Iríamos recompensar o tempo que ficamos afastados. Hoje voltou com seu trabalho e está junto de nós. Esteve presente em minha festa de 15 anos, pois havia perdido muitas datas importantes. "O" Ele citado é meu pai. A clínica que citei, que para muitos é um lugar visto como prisão, foi o passaporte para liberdade do meu pai e um lugar de extremo significado para mim. Esse é meu bem histórico.

Fotografias:







Larissa Rani Milagres Araújo 

Quando foi dito que eu teria que escolher um lugar importante pra mim e minha família ,logo pensei na cidade de Senhora dos Remédios pois foi onde passei maior parte da minha infância e é lá que comemoro datas como Natal e Ano Novo. Como a ideia é falar sobre algo específico e histórico para minha família, escolhi a Matriz da cidade, local em que aconteceu meu batizado e de grande parte dos meus parentes, incluindo avós, quinze tios maternos e três tios paternos, grande parte dos meus primos também foram batizados nela. Nessa igreja já fui dama de honra ,já coroei a Nossa Senhora no dia das mães, já fui a casamentos de tios e amigos da família e aos fins de semana vou a missa com minha prima .
Quando eu era mais nova costumava brincar com meus primos e amigos em frente a Matriz e depois da missa descíamos para um parquinho que havia próximo a ela ,hoje em dia fico olhando minha afilhada e primos mais novos brincando no mesmo lugar e indo para esse mesmo parquinho. Além de eu ter boas lembranças desse lugar, acho a Matriz muito linda tanto por dentro quanto por fora , e acho legal a cidade ter sido feita em volta dela.
Notei que aquela igreja não era importante só pra mim ao perguntar a algumas tias um lugar histórico para elas é praticamente todas falarem sobre o mesmo lugar ,a Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, falavam com empolgação sobre ela, me contavam histórias ,etc, tudo com um certo brilho nos olhos e alegria ao falar dos momentos delas naquela igreja ,achei legal e então tive certeza de que era daquela bela e antiga Matriz que eu queria contar .

Fotografias:







Lívia de Almeida Gomes

Durante minha vida, são muitos os lugares por onde passei. Diante do que foi pedido fiz uma viagem no tempo pensando, conversando com minha família, revendo fotos, e encontrei um local em comum onde entre idas e vindas sempre estive presente, é um lugarzinho em Senhora dos Remédios perto de onde grande parte da minha família por parte de pai viveu, inclusive, alguns ainda vivem.
O lugar que escolhi é um campo de futebol que pertenceu ao meu avô por 56 anos, este campo fica no caminho do sítio onde meu pai morou durante sua infância. Lá, há alguns anos atrás haviam diversas partidas de futebol durante os fins de semana (que eram os dias que costumávamos ir ao sítio), com times da cidade. Foi assim que comecei a ir lá, para assistir as partidas de futebol, mas de acordo com que o tempo foi passando as partidas foram diminuindo, até que pararam de acontecer, então eu, meu irmão, e meus primos começamos a ir para lá pra jogar vôlei, queimada, futebol, etc.
Mas o principal motivo por eu ter escolhido este lugar foi por ser onde ocorre a festa da minha família. Todos os anos nós nos reunimos nesse campo, que também tem uma espécie de vendinha, ou bar e fazemos gincanas onde desde os mais novos até os de mais idade participam.
Hoje em dia não costumamos ir com tanta frequência quanto antigamente, pelo fato de ter sido vendido para outro membro mais distante da família que não costuma cuidar muito bem do lugar, mas a festa anual ainda acontece lá.
Mesmo não indo com tanta frequência, sempre que passo por lá, me pego pensando nas brincadeiras e nos momentos divertidos que aquele lugar me proporcionou. E mesmo que parasse de ir, meus avós e meu pai sempre contam histórias sobre o que acontecia lá, sendo boas ou ruins, sobre brigas ou momentos felizes, mantendo a memória do lugar bem viva.

Fotografias:





Mateus da Silva Jacob

O campo localizado no Bairro Ipanema, não sei a quanto tempo, pois minha mãe disse que ele sempre esteve lá desde que eles mudaram para cá vinte anos atrás. Ele tem uma grande participação, pois tenho muitas histórias que aconteceram lá que fizeram parte da minha infância, ir para lá andar de bicicleta era a segunda melhor coisa que gostava de fazer, a primeira era jogar no meu Super Nintendo e no meu computador.
Uma das coisas que muitas crianças e adolescentes faziam no campo que eu nunca gostei de fazer era soltar pipa, pois os meninos que soltavam sempre estavam se metendo em confusão com os outros meninos da rua de cima, então eu pensava que se eu fosse soltar pipa, eu iria apanhar deles também, então sempre fiquei só na minha bicicleta, e, as vezes jogando bola.
Lembro de muitas histórias que aconteceram lá, mas minha preferida e inesquecível foi quando eu estava jogando bola com meus irmãos, e meu irmão mais velho pisou na bola de mal jeito e conseguiu quebrar a perna, lembro que ele caiu no chão e começou a chorar falando pra eu ir em casa chamar minha mãe pra falar com ela que ele quebrou a perna, mas como toda criança sempre tem seu modo de ver as coisas, eu cheguei pra minha mãe e disse que meu irmão havia machucado o pé e não estava conseguindo andar, e com isso minha mãe parou de preparar o almoço e foi buscar meu irmão, chegando lá ela falou pra ele levantar, mas ele não estava conseguindo, aí ela tinha percebido que ele realmente havia quebrado a perna e levou ele pra casa no colo, logo depois disso levou ele pro hospital.
Uma das coisas que aprendi na minha infância, foi a não me envolver com drogas, pois aqui no meu bairro, infelizmente existem muitos usuários, e quando eu era criança, sempre via essas pessoas na rua, e eu não gostava de ficar tanto na rua, pois queria ir pra casa jogar videogame, então eu não nunca me envolvi porquê achava que se eu me tornasse um usuário, iria morar na rua e nunca mais poderia jogar.
E nesse campo é que fica metade da minha infância, com todos conflitos, o melhor é saber que sua infância não está retratada em algo material, e sim coisas que foram vivenciadas e poderão ser relembradas.

Fotografias:

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