João Vitor Dias Silva
Quando eu nasci, eu e minha família morávamos de ''favor'' na casa da minha vó por parte de mãe, morei uma boa parte da minha infância lá e minha mãe sempre falava que queria sair o mais rápido possível daquele lugar, que estava juntando dinheiro para sair da casa da minha vó. Esse dia chegou, Custou, mas chegou. Alugamos uma casa e fomos, foi um dos dias mais felizes da vida dos meus pais. Ficamos nessa casa por 6 meses, pois minha mãe recebeu um envelope falando que ela tinha ganhado um apartamento naquele programa ''Minha Casa Minha Vida'', eu vi o quanto ela ficou feliz por ter conseguido esse apartamento, ela lutou tanto pra ter a casa só dela que foi mais que merecido esse prêmio. Esse apartamento foi uma forma de mostrar pra todos que desacreditaram dela, e quando eu falo isso eu estou falando das próprias irmãs da minha mãe. Esse apartamento é a coisa mais importante pra minha família e já faz 5 anos que moramos nesse apartamento. E eu tenho certeza de que ninguém faz ideia de como minha vida e da minha família melhorou desde que saímos da casa da minha vó.
Fotografias:
Jéssica Andreia da Silveira
Paróquia Divino Espírito Santo
Marcada por vários momentos, a história se encarrega de registrar fatos, acontecimentos, e os momentos bons ou ruins, que construímos ao longo da vida. Através dela, criamos laços e aprendemos como pessoas cada momento compartilhado, esta igreja por exemplo, remete boa parte da minha vida e minha relação com ela ainda é presente nos dias de hoje.
Localizada na cidade de Barbacena, interior do estado de Minas Gerais, foi construída com a ajuda de moradores que se concentravam no bairro, um desses voluntários foi meu avô materno, desde então todo esse contato foi se tornando cada vez maior. Vim de uma família católica, na qual todo ensinamento é passado desde o berço, com isso, iniciei minha vida Cristã com o batizado, e a partir de então, o contato se tornou cada vez maior. Estava sempre participando, mostrando presente e ligada as atividades festivas, logo fiz Primeira Eucaristia, depois fiz o Encontro de Adolescente com Cristo e em diante recebi o sacramento da Crisma. Essa foto retrata meu aniversário de 15 anos, e fiquei grata por receber meus familiares e todos da comunidade nessa virada da minha vida.
Todas essas etapas me permitiram um contato, não apenas com a comunidade mas com lugares distintos, e com isso, pude me construir, criando laços de amizade, encontrando com pessoas diferentes, tendo momentos de lazer, aprendendo com cada encontro, podendo desfrutar dos momentos de orações, partilhando aquilo que tenho e doando parte do meu tempo para esse lugar de alegria, fé e adoração contribuindo imensamente para a pessoa que sou hoje.
Fotografias:
Júlia Maria Mendes Oliveira
Meu patrimônio: fonte de motivação
A história de cada indivíduo é marcada e formada através dos vários momentos vivenciados sejam eles bons ou ruins, como também por bens materiais e imateriais que nos remetem algum valor importante. Como exemplo, esta casa é um bem material e patrimônio privado de meus avós maternos, seus quatorze filhos que ali foram criados e seus netos.
Localizada na cidade de Santa Bárbara do Tugúrio no interior do estado de Minas Gerais, foi construída em meados da década de 1960 e atualmente não há moradores. Traz consigo a sua grande importância tanto física quanto abstrata e sentimental, visto que marcou o início da vida de minha mãe e seus irmãos.
Inicialmente era feita de barro e sapé, depois adquiriu telhas de barro e paredes de tijolos. Embora seja antiga, humilde, precária e desagradável aparentemente, estão guardadas em cada centímetro quadrado de sua estrutura lembranças de uma simples família que se encontrava às margens da sociedade, sobrevivendo aos extremos da pobreza na zona rural, assim como nas realidades denunciadas em livros naturalistas.
Esta é uma casa onde cresceram guerreiros, pessoas que superaram das mais difíceis adversidades. Mesmo com as boas recordações não ""pesando"" tanto quanto as ruins, ambas são cicatrizes de experiências que contribuíram com a forte personalidade das duas gerações originadas: filhos e netos.
O patriarca da família muito valoriza este edifício e não permite de modo algum que seja destruído, pois é motivação para todos nas ocasiões em que a vida testa nossas identidades como vencedores. Este lugar é, para nós, sinônimo de superação.
Fotografias:
Ketlen Cristina da Silva
Doce Lembrança
Este monumento histórico passou a fazer parte da minha vida quando tive a oportunidade de participar do balé no Museu Georges Bernanos que contava com o apoio de um projeto,e as pessoas através disso pagava um valor muito simbólico e foi aí que realizei meu sonho.
E a partir daí percebi que devemos lutar pelos nossos sonhos e quando lutamos por algo nos tornamos pessoas melhores de conviver em sociedade, pois uma pessoa realizada transmite sua felicidade a todos a sua volta.
Sempre quando passo perto do museu me lembro daqueles momentos inesquecíveis,da diversão de me vestir com aqueles lindos figurinos,dos ensaios, das brincadeiras,das apresentações e dos alongamentos, pois ter um sonho é bom, mas poder fazê-lo virar realidade é ainda melhor.
Então eu percebi que a existência do museu é primordial em minha vida, pois sem ele, não haveria projeto,e eu não teria o por que de o acrescentar em minha vida.
Fotografias:
Letícia Helena de Oliveira Campos
Bom, vou falar sobre a Fazenda da Pedra, ela fica situada na cidade de Cristina, no Sul de Minas Gerais, segunda cidade depois de São Lourenço. Nesta Fazenda foi nascido e criado meu bisavô pai da minha avó materna, atualmente o proprietário do local é sobrinho de meu bisavô, está Fazenda foi palco de visitas famosas, políticos da época, inclusive Artur Bernardes que era primo da mãe de meu bisavô. Ali á noite pernoitavam além de políticos, pescadores que por ali passam e ficavam, a convite do proprietário passeavam a noite jogando baralho, contando casos sobre a Fazenda. No subsolo da Fazenda ainda se encontra guardado a sela dos cavalos que minha bisavó usava, e no mesmo lugar era onde ficavam os escravos.
O dono da Fazenda era chamado de pastor, pois cuidava de centenas de ovelhas, e era também chamado de coronel por ser dono do local, assim também era de muito respeito. Até hoje a maior plantação de café é deste local, esse café também é transportado para fora do Brasil, inclusive o café (orgânico), houve um acontecido neste local que até hoje é comentado, meu bisavô foi piloto por muitos anos no aeroclube de Barbacena, e recebeu seu ""Brevê"" neste local, ele também foi um dos fundadores do aeroclube.
Nesta Fazenda tinha uma área muito grande onde havia plantação de arroz, este terreno foi todo limpo, e foi onde meu bisavô pousou seu avião, era um avião particular e pela primeira vez que isso aconteceu foi notícia para todo lugarejo. Hoje a Fazenda está toda restaurada E bem bonita, admirada por todos que lá vão, recebendo muitas visitas famosas.
Justificativa das fotos: não pude aparecer em nenhuma por que o local e muito longe de Barbacena, e quando fui lá não tinha celular para tirar.
Fotografias:
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