Caros alunos, este espaço permanente será destinado à reunião de materiais curriculares e extra curriculares. Acredito que aqui conseguirei disponibilizar recursos a mais para quem necessita de uma ajuda ou para quem deseja aprofundar seus conhecimentos em História.

Informe-se

Para aqueles que se preparam para concursos em geral, a dica é se manter sempre informado. Jornais online são uma ótima fonte de informação, principalmente pelo fato de podermos selecionar aquilo que realmente nos interessa. Seguem alguns muito bons: Folha de São Paulo; Estado de São Paulo; O Globo; G1; Barbacena Mais; Barbacena Online; BBC (britânica) e CNN (americana).

sábado, 15 de novembro de 2025

Governo Collor/Itamar Franco (1990-1994)

O Governo Collor (1990-1992)

  • Após 25 anos, realizam-se novamente eleições diretas no Brasil.
  • Collor é eleito prometendo regularizar a economia e acabar com os "marajás da corrupção".
  • É explorada sua imagem de candidato jovem, ligado aos esportes e que promoverá profundas mudanças modernizadoras no país, deixando para trás a "velha política"
  • As medidas econômicas (congelamento de preços e salários, bloqueio de valores em contas bancárias, demissão de funcionários públicos) não surtem efeito.
  • Diversas denúncias envolvendo altos escalões do governo e familiares do presidente começam a ser apuradas.
  • Pedro Collor, irmão do presidente, denuncia o envolvimento da presidência no esquema de corrupção.
  • Com vertiginosa perda de apoio popular, surgem movimentos exigindo sua renúncia. Jovens aparecem frequentemente nas TVs do país em manifestações pelas ruas. São os caras-pintadas.
  • Sob ameaça de um processo de Impeachment, Collor renuncia após dois anos de governo.


Lula e Fernando Collor. Candidatos à Presidência em campanha de 1989.
Fonte: historia.net

Collor em campanha. A cara de um "Brasil jovem".
Fonte: Wikipedia

Irmão do presidente denuncia esquema de corrupção.
Fonte: Veja

Collor no Congresso Nacional.

Paulo César Farias, tesoureiro da campanha
de Collor e alvo de denúncias.

"Caras-pintadas" em Brasília.

Manifestação dos "caras-pintadas" nas ruas.

Manifestação dos "caras-pintadas" nas ruas.

Votação do pedido de impeachment no Câmara dos Deputados.

Divulgação do impeachment.

Divulgação do impeachment.

Collor, acompanhado da mulher e de simpatizantes, deixa a presidência.

  • O Governo Itamar Franco (1992-1994): 
    • Com a renúncia de Collor, seu vice, Itamar Franco, assume a presidência. 
    • Em seu governo foi realizado o Plebiscito de 1993 entre a República e a Monarquia (formas de governo) e entre o Parlamentarismo e o Presidencialismo (sistemas de governo). O Brasil permaneceu como uma República Presidencialista. 
    • O controle da economia torna-se mais efetivo e satisfatório com a implantação do Plano Real, promovido pelo Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso. 
    • Em 1994, FHC está fortalecido politicamente e lança-se candidato à presidência.

Valores dos produtos no Supermercado Real durante o início do Governo Itamar Franco.
Fonte: Wikipedia

Gráfico mostrando a redução da inflação causada pela implantação do Plano Real de Fernando Henrique Cardoso.
Fonte: Wikipedia

Empresas estatais federais privatizadas (processo iniciado ainda durante
o Governo Collor, mas intensificado a partir do Governo FHC).
Fonte: AP

Governo Sarney (1985-1990)

  • Tancredo Neves, presidente eleito pelo voto indireto do Congresso adoece antes de assumir o cargo. Seu vice, José Sarney, assume o cargo de Presidente da República.
  • Com a morte de Tancredo, Sarney torna-se presidente efetivo.
  • Em seu governo se dá a transição democrática. É promulgada a Constituição de 1988, que previa:
    • Volta do voto direto para presidentes, governadores e prefeitos.
    • Harmonia dos Três Poderes.
    • Voto universal, secreto e obrigatório para ambos os sexos, dos 18 aos 70 anos.
    • Livre criação de sindicatos e direito de greve.
    • Férias remuneradas em 1/3 do salário.
  • Economia:
    • Como herança do "milagre econômico" promovido pelos militares, o Brasil de Sarney entra em profunda crise econômica, com altos índices inflacionários.
    • São lançados os planos Cruzado (o Cruzeiro perde três zeros), Bresser e Verão (Cruzado Novo).
    • Congelamento de preços e reajuste de salários quando a inflação chegasse a 20%.
    • As medidas não são satisfatórias e a inflação alcança os maiores índices da História do Brasil.

Tancredo Neves (sendo beijado no rosto), presidente eleito pelo voto indireto.

José Sarney, que assume a presidência após a morte de Tancredo.

Sessão da Assembléia Constituinte para elaboração da nova Constituição.

Promulgação da Constituição de 1988.

Cédula do Cruzado (Cz$), moeda criada no Governo Sarney
O Cruzado Novo (NCz$), carimbo presente na cédula,
foi outra moeda convertida em tentativa de frear a inflação.

O Segundo Reinado

  • A economia do café: 
    • Descascamento de café a pata do boi, 1820.
      Autor: Alfredo Norfini
      Fonte: Wikipedia
      A cultura do café, iniciada ainda no século XVIII, começava a dar altos lucros no século XIX. 
    • O café se valorizou tanto que passou a ser chamado "ouro verde". 
    • Muitos produtores do Rio de Janeiro, do sul de Minas Gerais e de São Paulo passaram a plantar café e enriqueceram. Tornaram-se os barões do café. 
    • O café se expandiu pelo território brasileiro e seu transporte para os portos tornou-se mais difícil. Foi iniciada a implantação de um novo meio de transporte: as ferrovias. 

Charge retratando D. Pedro II utilizando o Poder
Moderador para controlar os partidos Liberal e
Conservador, no Segundo Reinado Brasileiro.
Fonte: Wikipedia
  • O Segundo Reinado
    • Após a Regência o governo mantém seu caráter parlamentarista, ou seja, com eleições regulares para os deputados da Assembléia. Os regentes, no entanto, deixam o governo. 
    • Para que D. Pedro II assumisse, é dado o Golpe da Maioridade: o imperador é declarado maior de idade aos 15 anos. 
    • Como o Imperador ainda detinha o controle exclusivo do Poder Moderador, podia controlar o Legislativo, ou seja, a Assembléia. 
    • Funciona assim o Parlamentarismo às Avessas (ou ao contrário), no qual a Assembléia é controlada pelo imperador. 



sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Testes - 4º Bimestre - Segunso Anos - Resultado do V ou F

Bom dia, meus caros alunos dos Segundos Anos, disponibilizo já para vocês o resultado da parte objetiva de nossos testes (V ou F). As justificativas são necessárias para a obtenção da nota no caso das falsas.

Abraços! 

2.4
1 - V
2 - F
3 - V
4 - F

2.5
1 - F
2 - F
3 - V
4 - F

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Testes - 4º Bimestre - Terceiros Anos - Resultado do V ou F

Meus caros alunos dos terceiros anos, disponibilizo já para vocês o resultado da parte objetiva de nossos testes (V ou F). As justificativas são necessárias para a obtenção da nota no caso das falsas.

Abraços! 

3.1
1 - F
2 - F
3 - V
4 - V

3.2
1 - V
2 - F
3 - V
4 - F

3.3
1 - F
2 - F
3 - V
4 - F

3.4
1 - V
2 - F
3 - F
4 - V

3.5
1 - V
2 - F
3 - V
4 - F

3.6
1 - V
2 - F
3 - V
4 - F

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Atividades Avaliativas - Quarto Bimestre - Segundos Anos


Meus caros alunos dos Segundos Anos, seguem os links para a realização das atividades bimestrais obrigatórias. Façam com dedicação. São estas as observações:
  • As atividades devem ser feitas em DUPLAS.
  • Serão atribuídos de 2,0 (dois) pontos bimestrais
  • No link, poderão marcar livremente as respostas, as quais, ao final, serão diretamente enviadas.
  • O prazo para o envio será até, segunda-feira, dia 10 de novembro de 2025, às 23:59. Postagens após essa data e horário não serão corrigidas/consideradas.
Mãos à obra!

Cliquem AQUI para acessar e começar


sábado, 1 de novembro de 2025

Período Regencial


  • Os conflitos sobre a construção do Estado Brasileiro: 
    • Duas tendências políticas: 
      • Unitarismo: defendia a centralização do poder no Rio de Janeiro e a subordinação das províncias à capital. 
      • Federalismo: defendia a descentralização do poder entre várias cidades das províncias brasileiras. 
  • A Regência: 
    • Com a menoridade de D. Pedro II, o governo era exercido por regentes escolhidos pela Assembléia. A Assembléia brasileira nunca teve tanto poder. 
    • Os regentes dependiam do apoio dos deputados para governar. 
    • Inicialmente 3 regentes governavam o país de forma conjunta. Posteriormente, a Assembléia reduziu o número para 1 regente.
    • O período foi muito turbulento: inúmeros conflitos contra o governo central foram iniciados (Balaiada, Cabanagem, Sabinada, Malês, Farroupilha - Link do Info Escola com resumos).
  • A Guarda Nacional: 
    • O crescente medo das revoltas populares contra o governo faz com que medidas elitistas sejam tomadas. 
    • É criada a Guarda Nacional para proteger a ordem e o governo dos conflitos populares. 
    • Seu processo de recrutamento levava em conta a renda: 
      • Era necessário ter posses: fazendas, casas, escravos. Quanto mais rico, mais alto era o posto. 
      • Apenas homens brancos e com direito de voto poderiam fazer parte da Guarda Nacional. 
    • A Guarda Nacional tinha, muitas vezes, o "apoio" dos capatazes das fazendas dos coronéis 
D. Pedro, ainda com cinco anos de idade.
Fonte: Wikipedia 

Quadro retratando a abdicação de D. Pedro I.
Fonte: Wikipedia

Principais revoltas do período regencial.
Fonte: Wikipedia

Decadência do Primeiro Reinado

Decadência do Primeiro Reinado
  • Crises e problemas do Estado Imperial: 
    • A Igreja e o Estado: 
      • A Igreja católica tornava-se a religião oficial do Brasil. 
      • No entanto, a Igreja, no Brasil, ficava subordinada ao poder do imperador. 
      • Bispos só poderiam ser nomeados com sua autorização. 
    • A Guerra da Cisplatina: 
      • A guerra foi uma disputa territorial entre o Brasil e Argentina pela posse da província da Cisplatina (atual Uruguai). 
      • A guerra foi longa e gastou muito dinheiro, o que contribuiu para a impopularidade de D. Pedro I. 
      • Resultado da Guerra: o Uruguai não fica nem com o Brasil, nem com a Argentina. Torna-se um país independente. 
    • A queda e a renúncia de D. Pedro I: 
      • Os jornais brasileiros publicavam críticas ao imperador. 
      • Descontente, D. Pedro I mandava prender os jornalistas. 
      • Fatos que contribuíram para o agravamento da situação: 
        • Líbero Badaró, jornalista e principal crítico de D. Pedro é misteriosamente morto. 
        • Em uma viagem a Minas Gerais, D. Pedro é recebido com frieza. 
        • Brasileiros e portugueses leais ao imperador iniciam uma briga no Rio de Janeiro que termina na Noite das Garrafadas. 
      • Não resistindo à impopularidade e à pressão, D. Pedro abdica ao trono em favor de seu filho, Pedro, ainda com cinco anos.
Domitila, amante de D. Pedro I.
Fonte: Wikipedia

Líbero Badaró, jornalista e crítico de D. Pedro I.
Fonte: Wikipedia

Líbero Badaró em seu leito de morte.
Fonte: Wikipedia

Mídia, oposição, guerrilha e morte na ditadura militar

Lema-síntese do regime militar brasileiro.
(Fonte: Wikipedia)

Guerrilheiros de esquerda no Araguaia.
(Fonte: Wikipedia)

Localização das ações da Guerrilha do Araguaia.
(Fonte: Wikipedia)

Trabalho do Instituto Médico Legal na busca de corpos
enterrado clandestinamente durante a ditadura militar.
(Fonte: Wikipedia)

Jornalista Vladimir Herzog morto na prisão do
DOI-CODI (Destacamento de Operações de
Informações - Centro de Operações de Defesa Interna).
A imagem de um improvável suicídio foi
divulgada e gerou protestos.
(Fonte: Estado de São Paulo)

Manchete do "Jornal do Brasil"com a fotografia do
Puma com militares destruído no atentado do Rio Centro.
(Fonte: Jornal do Brasil)

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Músicas de protesto - Geraldo Vandré (Ditadura Militar)

Ladainha
Geraldo Vandré

Valha-me, Nossa Senhora,
Mãe de Deus Nosso Senhor.
já fui homem, fui menino,
mas é sempre a mesma dor.
Fui sozinho, até agora,
Nenhum bem, nenhum valor.
Perdoe, Nossa Senhora,
Não vivo mais nessa dor
Já juntei a minha gente,
gente boa pra plantar.
Gente de paz, mas valente,
Se tem luta, vai lutar.
Tenho fé em Jesus Cristo,
Deus de lá e Deus de cá,
Do dono da terra toda
E de quem vive pra plantar.
Perdoe, Nossa Senhora,
Pela terra vou brigar.
Não quero Jesus na guerra,
Depois volto prá rezar.
Essa briga é só da gente,
A gente é que vai ganhar.
Já fui homem, fui menino,
E hoje o que tiver de ser.


Terra Plana
Geraldo Vandré

Meu Senhor, minha Senhora...

(Falado)
Me pediram pra deixar de lado toda a tristeza, pra só trazer alegrias e não falar de pobreza. E mais, prometeram que se eu cantasse feliz, agradava com certeza. Eu que não posso enganar, misturo tudo o que vivo. Canto sem competidor, partindo da natureza do lugar onde nasci. Faço versos com clareza, à rima, belo e tristeza. Não separo dor de amor. Deixo claro que a firmeza do meu canto vem da certeza que tenho, de que o poder que cresce sobre a pobreza e faz dos fracos riqueza, foi que me fez cantador.

Meu Senhor, minha Senhora...

Vou indo esse mundo afora
Num canto que é tão valente
Que mesmo se está contente
Fala sempre e a toda hora
quase num tom de quem chora

Eu sou de uma terra plana
De um céu fundo e um mar bem largo
Preciso de um canto longo
Pra explicar tudo que digo
Pra nunca faltar comigo
E lhe dar tudo o que trago

Aos pés de muitas igrejas
Lá você vai encontrar
Esperança e caridade
Querendo se organizar
Os cegos pedindo esmola
E a Terra inteira a rezar

Se um dia eu lhe enfrentar
Não se assuste capitão
Só atiro pra matar
E nunca maltrato não
Na frente da minha mira
Não há dor nem solidão
E não passo por um castigo
Que a Deus cabe castigar
E se não castiga ele
Não quero eu o seu lugar
Apenas atiro certo
Na vida que é dirigida
Pra minha vida tirar


Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
Geraldo Vandré

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer





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