Já a eugenia é uma doutrina que se desenvolveu no final do século XIX e início do século XX, que propunha melhorar a raça humana por meio da seleção de características consideradas desejáveis e o afastamento ou eliminação das características indesejáveis. A eugenia estava baseada na ideia de que era possível melhorar a genética humana através de medidas como esterilização de pessoas consideradas "inferiores" e incentivo à reprodução de pessoas consideradas "superiores".
O higienismo social pregava a ideia de "limpeza social", buscando purificar a sociedade por meio da exclusão e marginalização de grupos considerados "indesejáveis". Isso resultou na perseguição e estigmatização de pessoas pobres, negras, indígenas e outras minorias, que eram vistas como inferiores e responsáveis pelos problemas sociais e econômicos do país.
No aspecto racial, o higienismo defendia a superioridade de certos grupos étnicos, como os brancos, promovendo políticas que visavam ao branqueamento da população por meio da imigração de europeus e da miscigenação forçada. Essas políticas discriminatórias tiveram impactos profundos na estrutura social e nas oportunidades econômicas oferecidas às diferentes raças no Brasil.
No contexto econômico, as políticas de higienismo social e racial tiveram efeitos negativos. Ao marginalizar e excluir determinados grupos da população, o país desperdiçou talentos e potenciais que poderiam contribuir para o desenvolvimento econômico. Além disso, a desigualdade social e a falta de oportunidades para todos resultaram em um ambiente de exclusão que afetou a produtividade e o crescimento econômico do Brasil.
É importante compreender e refletir sobre esses conceitos e suas repercussões, a fim de construir uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva, que valorize a diversidade e garanta oportunidades para todos os cidadãos, independentemente de sua origem, cor de pele, gênero ou condição socioeconômica.
*Imagens: Wikipedia
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